quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Glândula Hipófise

Um pouco de anatomia e fisiologia:
  • A glândula hipófise, também chamada de glândula pituitária, é uma glândula endócrina e coordena o funcionamento das demais glândulas, porém não é independente, obedece a estímulos do hipotálamo.
  • Está localizada na sela túrcica (também chamada de sela turca) e é composta por células glandulares produtoras de hormônios e células neurais com função secretora.

(endocrinonews.blogspot.com)


Desenvolvimento da glândula hipófise:
·         A hipófise tem origem ectodérmica e se forma por duas fontes:
1. Uma evaginação do teto ectodérmico do estomodeu - Boca primitiva- divertículo hipofisário ( Bolsa de Rathke)
2. Uma invaginação do neuroectoderma do diencéfalo- divertículo neuroipofisário.




·         Por volta da terceira semana de desenvolvimento, essa Bolsa de Rathke se projeta do teto do estomodeu e se torna adjacente ao assoalho do diencéfalo.
·         Na quinta semana, a mesma se alonga e sofre uma constrição em sua ligação com o epitélio da cavidade bucal, o que lhe confere um aspecto de mamilo.
·         Posteriormente, entra em contato com o infundíbulo que é uma invaginação do diencéfalo e o pedículo do divertículo hipofisário regride.





Origem das porções:
·         O ectoderma com estomodeu dá origem à adenoipófise
·         O Pedículo passa entre os centros de formação de cartilagem do pré-esfenóide e basiesfenóide do crânio.
·         Na sexta semana, a conexão da bolsa com a cavidade oral degenera e desaparece.


 A imagem mostra a perda da conectividade da bolsa com a cavidade bucal juntamente com o crescimento do osso esfenóide.



·         A adenoipófise da origem a três porções distintas:

1.      Parte distal: É formado pela proliferação de células da parede anterior do divertículo.
2. Parte tuberal: cresce em torno da haste infundibular e se forma pela proliferação celular da parede anterior do divertículo que reduz sua luz a uma pequena fenda. Essa fenda não é reconhecida na glândula adulta, mas pode ser representada por uma Zona de Cistos.
3. Parte intermédia: é formada por células da parede posterior da bolsa que não se proliferam.





·         O neuroectoderma do encéfalo dá origem à neuroipófise.
·         Dá origem a eminência mediana, haste infundibular e haste nervosa.
·         A proliferação de células neuroepteliais transforma a extremidade distal do infundíbulo em maciça e se pituícitos que são células primárias do lobo posterior da hipófise, intimamente relacionadas com as células neurogliais.


·         Fibras nervosas penetram na parte nervosa, vindas da área hipotalâmica, à qual a haste infundibular está ligada.



Patologia: Hipófise faríngea e craniofaringiomas

·         A Hipófise faríngea é resquício da haste do divertículo persiste no teto da orofaringe.
·         Raramente, massas de tecido do lobo anterior desenvolvem-se fora da cápsula da hipófise, dentro da sela turca do esfenóide.
·         Em apenas 1% dos casos, o canal basifaringeo é visível e isso pode ser visto através de cortes do osso esfenóide do recém- nascido e radiografias do mesmo.
·         Consequentemente, formam-se craniofaringiomas  na faringe ou no basiesfenóide porém com mais freqüência na sela turca ou acima dela. Craniofaringiomas se formam a partir de resquícios da haste da bolsa hipofisária.

Imagem de um craniofaringioma cístico em um indivíduo adulto com grave compressão visual





Imagem de uma endocospia onde pode-se observar o craniofaringioma


(MOORE e PERSAUD, 1994; LARSEN et al., 2002)
Moore, Keith L. Embriologia Clínica/ Keith L. Moore, T,V.N.Persaud, com a colaboração de Mark G. Torchia; [ tradução Andrea Monte Alta Costa... Et al.].- Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.